O jegue

20/09/2009

jegue 2

 

Um porteiro de prédio em São Paulo perguntou ao outro se sabia quem puxava carroça lá em Sergipe. O outro disse… cavalo?..

Eu ía passando, me intrometi na conversa e disse: jegue. O outro imediatamente retrucou : Isso. Jegue! E continuou falando: Mas aqui em São Paulo, é gente que puxa carroça.

  Eu disse em seguida: Você quer dizer que aqui gente e jegue é às vezes a mesma coisa?

 Ele respondeu pensativo: É… A conversa continuou entre os dois.

 Sai pensando …. Pior que isso. Jegue é uma “celebridade” no nordeste, tem direitos, cuidados, tempo de serviço, funeral com homenagem, divide comida com o patrão, carinho, amor,  e sua casa não é a carroça que puxa. Pertence a algum lugar, sentem sua falta quando se afasta de casa, tem sua identidade reconhecida.

 Raiva

         O atendimento a casais e  clínico individual a homens e mulheres me permitiu observar as diferenças de poder que perpassam as parcerias como fatores de conflito.   Essas diferenças de poder resultam em diferentes níveis de investimento, generosidade, permissividade, solidariedade, aceitação de diferenças, ideais de satisfação pessoal que Neves chama  de “obscuridade das relações de intimidade”. O desequilíbrio de poder entre os parceiros é um dos fatores da violência entre casais.      No atendimento em psicoterapia, a homens de 30 a 53 anos, a autonomia das mulheres  aparece em algumas falas masculinas como sinonimo de abandono e de não acolhimento afetivo. Os homens estão se confrontando com um imago de  mulher muito poderosa que em seu imaginário não necessita de seu afeto e nem tão pouco de sua proteção.      Mas, ao contrário, cuja competência é vivida como ameaça.

       Por outro lado, essa mesma mulher que conquistou sua independência financeira e liberdade sexual  não tem essas conquistas reconhecidas e por ela legitimadas como expansões dos limites de sua identidade.

       Sendo assim ainda não deitou as armas, armadura que considera necessária diante de uma ameaça de perda de suas árduas conquistas. Ainda apegada ao modelo patriarcal  e ao amor romântico simula a dependência ao companheiro através de uma cobrança torturante para que exerça os papéis tradicionais na vida do casal, cuidados esses, dos quais nem ela mesma acredita depender.

 Dessa maneira a díade homens fóbicos versus mulheres abandonadas  se complementa por uma outra: mulheres ressentidas e aguerridas versus homens fóbicos. É uma característica  do ressentido  se tornar reativo frente ao medo de sofrer um novo agravo ou nova frustração.

 “ Separar a sexualidade masculina dos conceitos de força, poder e violência, históricamente atribuídos ao homem, é uma tarefa tão complexa quanto separar a fada da bruxa, da mãe, da libertina. No tocante à mulher o trabalho já foi feito. Mães, irmãs e filhas podem  se excitar, desejar e gozar. E os homens, podem pôr em público a ternura sem se emascularem?”Mautner, Anna,V Folha de São Paulo Equilíbrio 21/maio 2009 pag 2 .

     No trabalho clínico verifico que homens jovens tem estabelecido relações amorosas com garotas de programa que haviam lhes atendido profissionalmente. Relatam que com essas mulheres não tem conflitos. Não se sentem ameaçados em receber afeto dessas mulheres enquanto com suas esposas  sentiam-se em constante disputa pelo poder.  Queixam – se de suas mulheres como dominadoras, briguentas, pouco carinhosas, pouco afetivas, demandadoras.

     Nessas novas relações voltam ao padrão tradicional, onde sustentam a companheira, pagam estudos, e acrescentam ter a vantagem de um  excelente sexo. Sentem estar realizando algo especial por essas mulheres e que estão sendo valorizados.

     Esse mesmo padrão se repete entre homens mais velhos e mulheres mais jovens.

      Do outro lado, a queixa de muitas mulheres bem sucedidas profissionalmente e independentes financeiramente de diferentes faixas etáreas é de serem abandonadas sexualmente e afetivamente por seus companheiros que se sentem impotentes diante de suas competências como provedoras e, às vezes, com maiores salários.

    Outra queixa é a da exploração financeira por parte dos companheiros que interrompem o relacionamento quando diminuem as facilidades financeiras.   

 Esses fatos convergem com a tese de Nolasco de que alguns elementos que  conferiam ao homem anteriormente identidade, agora não são mais exclusividade do masculino.

       A possibilidade de abandonar a mulher ou de ser violento e dominador, destituindo-a de seus elementos de força, poder e liderança podem ser uma tentativa do homem de resgate de sua potência e identidade.

     Mas dessa forma estaríamos em um círculo vicioso mantido por um eterno ajuste de contas.

 Segundo Baumann o desejo é um impulso que estimula a despir a alteridade de sua diferença; portanto a desemponderá-la [disempower]. Tentar domesticar as diferenças não seria a solução mas sim estabelecer o diálogo na busca de uma maior equidade.

     Diálogo esse que não se faz apenas nas relações afetivas mas nas relações de poder mais amplas. 

      Dessa forma poderia emergir em cada um a verdadeira  responsabilidade pelo outro e a possibilidade do vinculo amoroso que se separa da posse e do poder. 

 Eros se distancia da posse e do poder. “Eros é uma relação com a alteridade, com o mistério, ou seja, com o futuro, com o que está ausente do mundo que contém tudo o que é(…) O Pathos do amor consiste na intransponível dualidade dos seres”[ Levinas apud Baumann] (….) “Eros não quer sobreviver à dualidade. Quando se trata de amor, posse, poder, fusão e desencanto são os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.” Baumann, Z Amor líquido pag 22.

( Esse Post é parte do trabalho que foi apresentado e publicado nos Anais do V  Congresso Latino Americano de Psicologia Junguiana de 2009 realizado em Santiago do Chile)

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Enflaquecimiento de la figura paterna
Hemos estado asistiendo a un enflaquecimiento de la figura masculina, desde los movimientos de liberación de las minorías. El hombre blanco heterosexual heredero del sistema patriarcal perdió fuerzas y con eso la figura del padre dentro de la familia.

Estamos ante la fragilidad de la autoridade del padre de “Anabella” que no consigue impedir que la tragedia ocurra.

Sin embargo, es importante señalar que siempre ha existido el abuso y la violencia hacia los niños.

De esa forma, para la efectiva comprensión del fenómeno de la violencia intrafamiliar, es importante considerar los fenómenos histórico sociales y la historia individual que posibilitan el análisis de los patrones de relación dentro de la familia.

El hombre que no se siente respetado en su identidad, del punto de vista simbólico como padre y compañero, reacciona con violencia. La violencia surge como último recurso para rescatar la identidad perdida.

En el caso “Anabella” ( nome fantasia ) , la rabia psicótica e impotencia de la pareja fue el motor de la violencia. ( Ler conto de Beatriz Bratcher adaptado e resumido para o espanhol e postado no Blog anteriormente)

medwt31018El abuso del poder y el pacto del silencio

La psicoanalista Elisabeth Roudinesco dice que “La bestia inmunda no es el animal sino el hombre.”

El hombre es el único animal  capaz de ser agresivo

  con la intención de causar daño y destruir al otro.

 La violencia denuncia la fragilidad o la amenaza de falencia del poder.

El tema de la violencia es de naturaleza multidicisciplinaria pero en esa clase el enfoque será psicosocial, dejando de lado aspectos biofisiológicos también importantes en el enfoque de la violencia.

Enfocaré aquí la violencia, en particular en el segmento de abuso hacia niños y adolescentes.

Comprendo violencia como el uso de la agresividad con el deseo de destruir, ejercer dominio o causar daño a la integridad física y/o emocional del otro(s) o de sí mismo. Esa acción puede ser consciente o emerger en parte inconsciente, pero tiene la intencionalidad como su carácter distintivo.

La violencia es un acto que se instituye en una cultura, y , por tanto, condensa y representa las actitudes de un grupo. Todo acto de violencia del punto de vista de la cultura tiene un carácter expiatorio porque consolida la maldad social.

Según Girard la violencia fundadora libera al grupo de su sentimiento de amenaza interno respecto las agresiones y recriminaciones que abalaban la cohesión grupal.

De este hecho un poder redentor puede ser atribuido a la víctima sacrificial.

La víctima opera una función trascendente entre el bien y el mal.

Sabemos que todo ritual de veneración tiene una dimensión arquetípica pero se inserta en una cultura.

En la Edad Media los místicos alimentaron la fantasía de sacrificar el cuerpo para ofrecérselo a Dios. Los libertinos y Sade , habían elegido el cuerpo como el único lugar del goce oponiéndose al cristianismo que había elegido el alma.

El nombre del Marqués de Sade se vuelve un substantivo en el siglo XIX para designar al enemigo del prójimo, de sí, de la nación.

Durante el Iluminismo se consideraba perverso aquel cuyo instinto se traducía en la bestialidad originaria en el hombre. Era el goce en el mal.

Esa concepción de naturaleza humana estribó los primeros estudios psicoanalíticos en el siglo XIX con la teoría del Instinto de Muerte de Freud. Freud reve en1920 en su artículo “Más allá del principio del placer” su primera formulación del Instinto de Muerte.

Hoy no se considera la perversidad o la maldad intencional como originaria, sino una acción humana en su inserción en la cultura de hacerle daño al otro.

Debemos diferenciar violencia de agresividad como potencialidad arquetípica.

Para Hannah Arendt la violencia “no promueve causas, ni la historia, ni la revolución, ni el progreso, ni el retroceso: pero puede servir para dramatizar quejas y traerlas a la atención pública.”

Según Hannah Arendt, “hay un consenso entre los teóricos de la política de que la violencia no es sino la más flagrante manifestación de poder.[…]

“La política es una lucha por el poder: el último género de poder es la violencia, dijo C. Wright Mills, o sea, “el dominio de los hombres sobre los hombres” en el lenguaje de Max Weber.” 

          Es cuando el poder legítimo pierde la fuerza, cuando el sentido ético se pierde, que se da la violencia, el abuso del poder y el pacto del silencio.

(extraido do Curso que ministrei no V Congresso Latino Americano de Psicologia Junguiana – Curso  Pre Congresso)

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El caso Anabella

El alboroto crece delante de la comisaría. El crimen sucedió hace dos semanas, la pequeña Anabella, 6 anos, fue tirada desde la sexta planta del edificio Villa London, en el barrio de Vila Mazei, Zona Norte de la ciudad de São Paulo.

Detrás de la reportera personas se amontonan mirando hacia la cámara. Janaina Silva, ama de casa, casada, 27 años madre de 4 hijos, habla al micrófono, se desespera sobre el micrófono: “Quería agarrarlo, tirarlo al suelo, tirarlo y escupirle la cara, pisarle el cuello, pisarle y romperle el cuello, de Nicollau Serdovvi”, 9, 7, 5, 4, son las edades de los hijos de Janaina Silva. Ella los dejó con la suegra porque no podía estar en casa dado lo que estaba sucediendo, tenía que ver de cerca la cara de los asesinos. Delante de la comisaría lo que se puede ver son cables, micrófonos, helicópteros, Janaina Silva, gentes, periodistas que están allí para documentar la llegada y la salida de la presunta pareja y el alboroto que ellos reproducen.

El ruido de helicópteros de las redes de televisión impiden las entrevistas, el sonido de las frases se pierde aun así todos comprenden lo que no escuchan, palabras distintas para el mismo sentimiento de ira y asombro, ira y asombro, ira y asombro, asombro que perdura días y semanas.

Ahora el ruido de los helicópteros y de las sirenas, de los coches de policía queda solo en el aire. De regreso al estudio, el presentador Vicente Vantoni, 42, casado, 4 hijos, mira con gravedad hacia la cámara, fue el sonido de la niña cayéndose al suelo todavía viva dijo el celador, el Sr. Nestor Carnero, casado, 4 hijos y 5 nietos.

Él oyó el ruido alto y seco, lo apuntó en el libro de registros del edificio. Tras la palabra “seco”, Nestor apuntó: la niña estaba viva. La frase, la niña estaba viva es destacada en el primer plano de la pantalla del televisor, destacándose de lo restante del libro de registros de Villa London. Era la medianoche, dice el presentador Vicente Vantoni sobre la imagen de la hoja de papel con la mala letra del celador del Villa London, los algarismos que indica él, aparecen ilegibles.

El noticiero sigue con asuntos. Después vuelve a la comisaría, la pareja Serdovvi aparece en medio al alboroto. La madrastra, Ana Bett Menezes de Carvalho, 24, 2 hijos pequeños, uno bebé todavía y la hijastra que murió hace pocos días, y el padre de la niña muerta, el joven abogado caminan hacia el coche rodeados de policías. La gente los comprime, la pareja casi desaparece en medio de la gente. […]

Él y Ella, el padre y la madrastra de la niña tirada desde la sexta planta, 6 años, su cumpleaños sería a los pocos días, los dos dejan la comisaría y caminan.

En medio de la muchedumbre, encorvados hacia la puerta del coche ya abierta, listos para meterse en los asientos del coche. […]

La pareja Serdovvi y el joven abogado entran en el coche. El coche de la pareja parte con los tres dentro, Anna Beth Menezes de Carvalho, Niccolau Serddovi y el joven abogado Marcelo Jordano, 26, casado, una hija de 6 anos de una relación anterior y la esposa actual embarazada de 10 semanas. Arrojan un ladrillo hacia el coche. El sonido de la gente ocupa el espacio de la voz de Maria Mara.

 

 

 

Charge de Iuri Bossonarocogumelos%2B3

 

Ella vuelve: un ladrillo casi alcanza el coche de los Serddovi. El coche de la pareja se aleja. La imagen se mueve. La cámara roda y se para en un policía prendiendo a uno de los populares. El policía le sujeta las manos por detrás y abre camino en medio de la muchedumbre que los mira curiosa. El popular sujetado por el policía mantiene la expresión indignada, dice Maria Mara de Moraes. El policía afirma que la sangre del asiento de atrás del coche de Nicollau Serddovi, el padre de Annabella, 6 años, asesinada en la noche del día 6, un Ford K gris-plata analizado con equipos especiales, es de Anabella Serdovvi, 6. La sangre en el suelo del garaje, dentro del coche, en el piso y en el pañal, el pañal que ellos utilizaron para limpiarle el rostro a Annabella a fin de ocultar el crimen, la sangre es de la chica de 6 años tirada desde la ventana de la sexta planta del Villa London, Annabela Serdovvi, hija del primer casamiento de Nicollau Serdovvi con Anna Beth Parentte.

La escena sale del estudio y va al Edificio Villa London que se ve como segundo plano del reportero Paulo Perneira Pontigo, 29, soltero, un hijo de 12 años de una relación de juventud. El domingo habrá la reconstitución del crimen. Nicollau y Ana Bete no son obligados a participar. El padre y la madrastra de Anabella, muerta el último día 6, no deberían participar, según informó el abogado del padre de Annabella, que se cayó de la sexta planta del Villa London, el Sr Marcelo Jordano, 26, eso porque, según la legislación brasileña, nadie puede ser obligado a producir pruebas contra sí mismo. Expertos afirmaron que el aplazamiento de la divulgación de los laudos es una estrategia adoptada por la policía para que las declaraciones no sean influenciadas por el resultado de los exámenes realizados por los peritos de la policía civil de São Paulo.

En otra parte de la ciudad, un hombre le dice a otro: no hace ni un mes, la madre de Anabella, asesinada bárbaramente a los seis años de edad, Ana Beth, no la madrastra, que es Carvalho, sino la madre, pariente, ni un mes, y Ana Betty pariente ya desistió del caso, abandonó a la hija, ya no da entrevistas, dejó al destino la resolución del caso.

Y el padre Nicolau Serdovi, era un mal padre. Fíjate, él no corrió desesperado para abrazar a la hija tras su caída […]

Y Nicollau Serdovvi no corrió desesperado para abrazarla. Él llamó antes al padre,

Menelau que es abogado criminalista.

¿Lo entiendes? Él sabía que la hija se había caído desde la sexta planta, eso él no lo niega, afirma que entró en el piso, con los dos hijos del segundo casamiento, vio que la red de protección de la ventana estaba rota y comprendió que habían tirado a la hija por la ventana de su piso. No es una hipótesis de investigación.

Él dijo que vio la red de protección rota, se acercó y vio a la hija caída en el jardín seis plantas abajo.

¿Qué hizo él? ¿Corrió? ¿Lloró? No, él llamó al padre, un abogado criminalista. No la querían. Podemos decir que la rechazaban. Mira, en Inglaterra los científicos hicieron una investigación para descubrir cuál es el mayor dolor que un ser humano puede soportar, entre todos los dolores, los científicos británicos concluyeron que es la pérdida de un hijo de menos de 16 años, principalmente para las mujeres. Y la madre de Annabella ya abandonó el caso ya no habla con la prensa, no aparece, no dice nada, abandonó a la hija. Y si nos acordamos que en seguida de la muerte de 6 años, en el entierro, en la misa de séptimo día, el día en que la niña cumpliría años, incluso en esos momentos Ana Bete apareció calma, frívola, sin parecer destrozada. No se le veía sufrir. Podemos entonces creer que no quería a Annabella.

El padre no bajó desesperado para abrazar a la hija y ¿por qué? Porque él no se quedó desesperado. La verdad es que siempre quiso más a los hijos del segundo matrimonio.

Anna Bete dio la luz a Annabella muy joven, no estaba preparada, no fue capaz de querer a la hija. La verdad es que ella no es suficientemente buena como madre. Amor materno. Annabella fue una niña rechazada, ahora ella solo tiene a nosotros para defenderla, por eso no podemos abandonarla.

La ciudad arde. En el aire un olor dulce inspirado y expirado por los pulmones y chillando a los oídos de los que se interesan o no por el asesinato de Annabela. La gente transforma la familia Serdovvi en viejos conocidos. En la sala ellos analizan esta proximidad forzada. Lo que aumenta lo dramático del caso, transforma la tragedia real en farsa. No se oye la palabra defenestrar, que significa exactamente tirar por la ventana. Quizás porque sea una palabra fuera del cotidiano de los que acompañan el caso.

Tirada o arrojada por la ventana, sí son verbos que forman parte de la vida de la ciudad y por tanto comportan, la violencia del destino de la niña.

Las personas en la sala saben que de nada sirve decir: “Yo no me intereso por este tema” pues todos están convocados a participar de la pesquisa, acerca de los testes, de los testimonios, de los análisis de los expertos. Dado que el asunto es inevitable, los que participan solo por educación y dicen:”Quizás no hayan sido ellos, hay que esperar, la prisión es solo para quien ha sido pillado o que pueda estorbar el seguimiento de la pesquisa, el hecho de que la policía llegue a una conclusión y ofrezca la denuncia no significa que ellos ya hayan sido juzgados como culpables”, los que lo dicen son obligados a oír aún más acerca del tema y no solamente oír. Tienen que retroceder, afirmar. Nada de quizás, tal vez, es un lado u otro […]

En la sala ellos ponderan acerca de la histeria que asola la ciudad, la necesidad de la gente en salir de casa, ir hasta la comisaría delante del edificio donde se dio el crimen, parece que solo de esta manera la gente se siente parte de una historia real, que existe porque se ve en la pantalla, como si la vida solo se constituyera en la historia cuando televisionada y escrita.

Una persona comenta la casualidad del hecho de que varios nombres de este caso tengan letras dobladas, como Annabella, Nicollau, Villa London, no que eso signifique algo o pueda ayudar a desvendar el crimen, ella añade. Otro se acuerda que significa el origen social de las personas involucradas. Además de las letras, el dice, se repiten en la tele y en las conversaciones, informaciones tales como: “La sangre en el coche es de Anabella.”

‘Las huellas en el colchón son de la sandalia del padre que apoyo los pies para subir y tirar a la hija por la ventana, “ Y de esa manera transforma suposiciones en hechos in- contestables.

La interpretación del hombre que tiene el bigote mojado, “la madre no es de veras una buena madre” llega a ser cómica. Su frase, el no bajó desesperado para abrazar a la hija. Lo repite diversas veces en la sala con acento y ritmo que refuerzan el pedantismo del hombre.

La repetición de la frase y el tono de farsa vacían definitivamente de toda verdad, no de su contenido, pues ése no es el enfoque de la charla, sino la verdad de la locución, de la intención del señor gordo. Se habla del sentimiento de autoridad de las personas más sencillas y de las personas pacíficas que se vuelven en sanguinarias en la tragedia ajena.

Se repite también la frase “agarrarlo, tirarlo al suelo y escupirle la cara, pisarle el cuello.

”Que se analiza en su teor de insanidad. No se comenta la ausencia del pronombre oblicuo.”

Aunque la sintaxis de las oraciones les hiere los oídos de los que hablan y las expresiones “agarrarlo” y “ tirarlo” se repite otras veces.

La ciudad se vuelve vampiresca, compulsiva. El análisis de la repercusión del caso llega hasta el postre, cuando alguien, 72, casada, cuatro hijos, ocho nietos, dice, la verdad es que el llevaba una de esas sandalias tipo chancla y la huella en la sábana era suya de verdad. Y eso de no haber bajado en seguida es muy fuerte y otro, 17, soltero, pregunta pero eso ya se ha comprobado? Si ellos tienen como rastrear y saber el horario de la llamada, el horario en que su coche entró en el garaje, en que el bajó por ascensor tras la caída de la hija, el número del teléfono al que llamó, de hecho el llamó al padre antes debajar. La hipótesis más posible hasta ahora es que quien la sofocó fue la madrastra, y el padre creyendo que la hija ya estaba muerta, la tiró por la ventana.

Y un tercero, padre de dos hijos pequeños, concluye: un surto, un momento de insanidad, Cualquiera podría. Un padre. Cualquiera. Es empavorecedor.

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Desenho de Juliana Gushi

Comento:

 

 Parece absurdo, terrivel, terrivel de acreditar. O que assusta no ato violento é que atenta contra a vida. O agressor ao agir parece estar fazendo em sua auto-defesa. Devemos entender que o ser humano em sua auto defesa pode agir e fazer uso de intenções extremamente cruéis.

A população vive em catarse coletiva o  desejo de redenção de suas angústias. Perde-se o sentido trágico dos fatos para uma exacerbação dos elementos dramáticos das narrativas.

São absolutamente volúveis e irresponsáveis os julgamentos. Nesses momentos todos se absolvem e todos podem ser juízes da tragédia alheia.

A única forma de prevenção da violência doméstica é o tratamento do agressor e da familia entendida como um sistema de relações que adoeceu. 

“Como si la vida se constituyera en la historia cuando televisionada y escrita. La alienación en relación a la propria vida. Se hace cada vez más fácil vivir la rabia y liberar la agresividad a través de la historia del otro en la cual me proyecto. A través de un juego de proyecciones y identificaciones la tragedia pierde su sentido trágico y se viste de un carácter dramático y cotidiano.”  Celia Brandão.

Saudades

10/09/2009

nícolas 044Amor mio, nos hemos

encontrado sedientos

y nos hemos bebido

toda el agua y la sangre,

nos encontramos con hambre y nos mordimos

como el fuego muerde,

dejándonos heridas…

…Pero…espérame,

guárdame tu dulzura.

Yo te daré tambiém una rosa.

 Pablo Neruda.

Vou amanhã para o Congresso Latinoamericano de Psicologia analítica em  Santiago. Apresento dois trabalhos: Uma aula sobre: O abuso de poder e o pacto do silêncio que trata de violência doméstica e uma mesa redonda sobre  A identidade e o poder nas relações amorosas.  Foi gravidez de ano inteiro. Mais do que isso. Os dois temas acompanham minha trajetória como mulher , psicóloga , cidadã. Os dois temas falam de amor, poder, cidadania, violência e identidade. Quando escrevemos estamos parindo dois rebentos: o texto e nós mesmos. Isso é o melhor de tudo. Santiago lá vou eu.

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