O autor no livro Vidas Desperdiçadas  une as idéias de ordem , norma , projeto como contrapontos do caos que permite ocorrências que a ordem já deverá ter proibido. O caos, a desordem , a anarquia são  o infinito de possibilidades e a garantia da inclusão. A norma proibe e exclui.

Na modernidade somos convidados à inclusão a partir da norma :  é a lei que cria a possibilidade do excluído. “A condição de excluído consiste na ausência de uma lei que se aplique a ela. ” ( Baumann, vidas desperdiçadas pag  43)

“Os estados- nações atuais podem não mais governar o esboço do plano, nem exercer o direito de propriedade de utere et abutere ( usar e abusar) dos sítios de construção da ordem, mas ainda afirmam sua prerrogativa essencial de soberania básica: o direito de excluir.” Z. Baumannop.citp. 45.

Na contemporaneidade , o fenômeno da globalização fez cair por terra o mito do empreendedorismo: o poder do trabalho como solução para a miséria do mundo. O fenômeno da superpopulação e a exportação de pessoas incluídas no conceito de supérfluo são manifestações  do que Baumann chama de” refugo humano” , os que não obtiveram a permissão para ficar.

“A produção de corpos supérfluos, não mais exigidos para o trabalho, é consequência da globalizaçao. “diz  Hauke Brunkhorst apud Baumann.

Estar ou não incluído é o dilema da contemporaneidade. Aqui se coloca uma questão narcísica : ser incluído a qualquer preço. Mesmo que seja através da negação da própria identidade?

http://delas.ig.com.br/comportamento/eles+largaram+tudo+pela+carreira+das+esposas/n1596856826596.html

Algo que tentamos aprender durante toda a vida.

Terceira idade.

23/04/2011

Existe terceira idade ?

Alguém falou que é a primeira

Primeira de liberdade

Primeira sem ansiedade

Primeira em comunidade.

Sem escravidão a hormônios

Circula-se em liberdade

Entre meninos de 20 a 80.

Na cozinha é rapidinho

E sai uma delicinha.

Vestir uma roupa leve

E andar se sentindo nua.

Dia de sol  alegra,

Dia de frio aconchega,

Saber das polaridades.

Descendo a ladeira íngreme

E sentindo galgar um monte.

Namorado depois dos ….40……e muitos

by Celia Brandao on Thursday, April 21, 2011 at 12:35pm

Procura-se um namorado

Que acorde bem humorado

Que ande pra todo lado

Sem resmungar de cansado.

Que goste muito de cozinha

Sem tititi com amiguinhas

Que pegue na agulha e linha

E conserte suas roupinhas.

De sexo nem se fala….

No quarto, cozinha ou sala

Até me tirar a fala

Em dias casual ou de gala.

Poema de Celia Brandão.

Eros e Psique

19/04/2011

23.3.11
Chegada
llegada
João estava flutuando com os pés na cabeça quando começou a ser empurrado para fora. Mas, na verdade, já estava escutando aquela animação do lado de fora.
Juan estaba fluctuando con los pies en la cabeza cuando comenzaron a empujarlo hacia fuera. Pero, en realidad, ya hacía tiempo que escuchaba aquella euforía del otro lado .
 ¿ Eran días? Anos?  ¿Desde quando as coisas existem? “Com certeza tudo começou a existir comigo!”, a conclusão era óbvia.
Y a pesar de que la idea le traía un cierto alivio, al pequeño le pareció que era muy temprano para estar filosofando.  Además solo le dio tiempo para una teoría.
E apesar da ideia trazer um certo alívio, o pequeno achou que era cedo demais para ficar filosofando. Também acabou que só deu tempo para uma teoria.
Al minuto siguiente todo el agua ya se había ido y él estaba enfadado.  Pero nada  era peor que las paredes secas que le empujaban la cabeza de cuando en cuando, pillándolo inesperadamente. “Por lo menos ahora voy a conocer las demás bolsas”, intentó consolarse.
 No minuto seguinte, a água toda já havia ido embora e ele estava bravo. Mas nada era pior do que as paredes secas que empurravam sua cabeça de quando em quando, pegando ele sempre de surpresa. “Pelo menos eu vou conhecer as outras sacolas.”, tentou se consolar.
 En eso, sus pies ya tenían frío. Él se quedó desesperado porque quería mucho aquella casa que le hablaba a veces. Iba a echarla de menos. Pero todo suceíia tan rápido que ninguna idea se completaba.
Nessa, seus pés já estavam sentindo frio. E ele ficou desesperado porque amava muito aquela casa que conversava com ele de vez em quando. Ia sentir saudades. Mas tudo acontecia tão rápido que nenhuma ideia se completava.
En menos de un año él ya se hallaba completamente fuera colgado, y Juan no sabía que era estar colgado. No conocía todavía los ojos que ahora le dolían con toda aquella luz.  Y ya le estaba faltando el aire de tan enfadado cuando por fin respiró. El aire le heló el pecho , y fue muy raro porque hasta entonces el lo hacia  a través del ombligo.
 Em menos de um ano ele já estava todo pra fora pendurado, e João não sabia o que era ficar pendurado. Não conhecia ainda os olhos que agora doíam com toda aquela luz. E já estava ficando sem ar de tão bravo quando finalmente respirou. O ar gelou o peito, e foi muito esquisito porque até então ele fazia esse tipo de coisa pelo umbigo.
Aquello era muy confuso y aunque Juan quisiera pedir explicaciones, solo lograba llorar desconsolado. ” Méteme de vuelta!” , el pensó decirle a la cosa blanca que lo cargaba de un lado hacia otro. Pero también a un bebé el vocabulario médico le resulta muy complicado. Y , en eso le cortaron la manguera del ombligo. “Jo, yo lo hacía todo por ahí. Suéltame!” Juan se dió cuenta de que era mucha cosa para arreglar mientras él todavía  intentaba sostener la cabeza que en el agua le parecía mucho más leve.
Aquilo tudo era muito confuso e embora João quisesse pedir explicações, só conseguia chorar desconsolado. “Me põe de volta!”, ele pensou em dizer para a coisa branca que carregava ele de um lado para o outro. Mas também para um bebê o vocabulário médico é muito complicado. E, de repente, cortaram a mangueira do umbigo. “Pô, eu fazia tudo por aí. Me larga!” João percebeu que era muita coisa pra resolver enquanto ele ainda estava tentando sustentar a própria cabeça que na água parecia muito mais leve.
Entonces, para su alivio, un olor muy familiar reapareció. Y ya tenía apoyada  la cabeza, “Puff!” ¿Cuánto tiempo había pasado? “Debo de estar viejo”, pensó el pequeño al abrir los ojos y vio otra cabeza, pero enorme. “¿Cómo aguantas esa cabeza?” Juan se quedó impresionado y, la curiosidad lo hizo llorar. “Hola, Juanito!”, era la voz de la bolsa de agua. “Entonces ¿ tú existes del lado de fuera también? Es decir, tú no eres yo”. El bebé notó que nadie entendía lo que él quería decir y vio que iba a tener que tener paciencia para enseñarlos a todos a oír.
Pero era muy bueno estar envuelto en una bolsa querida aunque ahora del lado de fuera, aunque ya no fuera una bolsa, sino una cabeza. “Hola, hijo!”, ahora era la otra voz de la bolsa, una más grave. “¿Cómo? ¿Sois dos?”. Juan estaba de verdad impresionado. El mundo de antes era un engaño. Quizás fuera mejor así, conocer la verdad por muy dura que fuera. Juan era un filósofo. “Dos parece bueno.”, Juan prefirió amenizar. “Ellos pueden ayudarse, porque yo les voy dar la guerra.”, concluyó muy satisfecho.
Então, para seu alívio, um cheiro muito familiar reapareceu. E sua cabeça já estava apoiada, “Ufa!” Quanto tempo havia passado? “Devo estar velho”, pensou o pequeno quando abriu os olhos e viu outra cabeça, só que enorme. “Como você aguenta essa cabeça?” João ficou impressionado, e a curiosidade o fez parar de chorar. “Oi, joãozinho!”, era a voz da sacola d’água. “Então você existe por fora também? Quer dizer, você não sou eu?” O nenem percebeu que ninguém entendia o que ele queria dizer e viu que ia ter que ter paciência pra ensinar todo mundo a ouvir.
Mas era muito bom estar embrulhado num saco querido, mesmo que agora por fora, mesmo que não fosse mais um saco, mas uma cabeça. “Oi, filho!”, agora era a outra voz da sacola, uma mais grave. “Ué, vocês são dois?” João estava mesmo impressionado. O mundo de antes era muito enganador. Talvez fosse melhor assim, conhecer a verdade por mais dura que fosse. João era um filósofo. “Dois parece bom.”, João preferiu amenizar. “Eles podem se ajudar, porque eu vou dar trabalho.”, concluiu muito satisfeito.
Entonces vino algo más seductor. Que lo encaraba, aparentemente sin ojos ni cabeza. Él tocó aquella novedad blanda con el dedo y sonrió por primera vez en años.  “¿Nos conocemos? Creo que nunca te he visto, pero curiosamente sé qué hacer contigo!” Juan ensayaba su primer piropo. Y, enseguida, ni se percató de que las bolsas sonreían y lloraban, confundidas del corazón, porque Juan ya estaba mamando de ojos cerrados
Daí veio algo ainda mais sedutor. Que o encarava, aparentemente sem olhos ou cabeça. Ele encostou o dedo naquela novidade macia e sorriu pela primeira vez em anos. “A gente se conhece? Eu acho que nunca te vi, mas estranhamente sei o que fazer contigo!” João ensaiava seu primeiro xaveco furado. E, logo em seguida, nem percebeu que as sacolas sorriam e choravam, confusas do coração, porque João já estava mamando de olhos fechados.

PROGRAMA DE CURSO

                                                       Educação Continuada (x  )

NOME DO CURSO: DIREITO EMPRESARIAL – GESTÃO E SUCESSÃO –  interfaces com a psicologia da família empresária

 

PÚBLICO-ALVO

Esse curso destina-se a Advogados, Administradores, Profissionais de RH, Psicólogos e outros profissionais que trabalham com empresas familiares, e nas áreas de consultoria em governança corporativa e familiar.

JUSTIFICATIVAS

Trata-se de um curso novo no mercado, com abordagem interdisciplinar, focado no Direito Empresarial e na Psicologia aplicada, ambas as áreas com relevância prática na atuação profissional daqueles que se dedicam a assessorar famílias empresárias em seu processo de sucessão e implementação de práticas de governança corporativa e familiar.

OBJETIVOS

Ao final do curso o aluno estará apto a compreender melhor as dinâmicas psíquicas e emocionais que envolvem famílias empresárias, bem como lidar de forma mais objetiva com conceitos e estruturas básicas de Direito Empresarial.

METODOLOGIA

Aulas expositivas com Power point e discussão de situações hipotéticas.

PROGRAMA

Aula 1 –

Direito Societário: Discutir as relações e interrelações entre os conceitos básicos acerca da empresa/ sociedade/ PJ. Personalidade e desconsideração da personalidade jurídica. Legislação, Doutrina e Jurisprudência. Tratar, ainda, da importância da personalidade jurídica para o desenvolvimento econômico.

Psicologia: Discutir conceito de identidade: a importância do narcisismo no processo de individuação. Personalidade, relações narcísicas e “o outro”. Desenvolvimento individual.

Aula 2 –

Direito Societário: Tratar de temas relativos à separação da propriedade e da gestão no âmbito jurídico e da governança corporativa. Modelo dos três círculos e conflitos de agência – comparação entre o modelo brasileiro e o norte-americano.

Psicologia: Refletir sobre o papel dos mitos familiares na constituição do modelo de autoridade na empresa. A fusão do sujeito com a empresa e a fusão família com a empresa por meio da extensão do self.

Aula 3 –

Direito Societário: Herança e Sucessão Societária. Instrumentos legais de planejamento sucessório – holdings a acordos de acionistas. Cláusulas voluntárias e normas cogentes.  Morte e incapacidade civil.

Psicologia: A figura arquetípica do pai e os temas da Morte, Herança, Poder e Transformação. Discutir sobre a questão do limite e da culpa envolvidos em todo processo de expansão e crescimento

Aula 4 –

Direito Societário Planejamento Sucessório: Um caso Real – testamento e doação. Discutir o testamento como proposta de sucessão X doações, e a exeqüibilidade de algumas cláusulas. Como/ Quem escolhe formalmente o seu sucessor e a possibilidade de imposição legal do mesmo.

Psicologia: Alianças familiares utilizadas como defesa frente aos conflitos de poder.

O conflito “puer” X “senex” e a constituição do modelo de autoridade:– o uso do filho/ sucessor como mero porta-voz da lei do fundador. O pai devorador. Discutir sobre aspectos polares da função da autoridade. O aspecto devorador da consciência vinculada e submersa em convenções e hábitos. A identificação da consciência individual com a consciência coletiva.

Aula 5 –

Direito Societário: Sociedades entre cônjuges – realidade brasileira e restrições legais. União estável, casamento e comunicação de patrimônio empresarial. Cônjuges sócios e condôminos. Direitos Políticos e patrimoniais. Cláusulas vedando a entrada de cônjuges na sociedade. Atualidade. Cônjuges sócios e condôminos. Direitos Políticos e patrimoniais. (legislação, doutrina e jurisprudência).

Psicologia: O conflito identidade X poder nas relações afetivas. Rivalidades e questões de poder – relações de gênero. Refletir sobre o conflito: busca de identidade X posse e poder presente nas relações afetivas. O pano de fundo da discussão será a banalização do sentido de identidade na contemporaneidade.

 

Aula 6 –

Direito Societário: Pulverização do Capital – mercado de capitais X sucessão familiar. Semelhanças e diferenças. Refletir sobre a inexorável pulverização do capital nas sucessões familiares tentando traçar um paralelo de governança corporativa com o mercado de capitais. Semelhanças e diferenças.

Psicologia: Famílias compostas e reconstituídas. Abordar a tema sobre famílias compostas e reconstituídas. Rivalidades entre iguais (irmãos) e não iguais (primos). Refletir sobre relações na família, seus mitos e valores na contemporaneidade. A família Reconstituída.

Aula 7 –

Direito Societário: Função social da empresa e da família e sustentabilidade. O público e o privado. Discutir a função social da empresa e o papel da iniciativa privada no desenvolvimento social. (legislação, doutrina e realidade)

Psicologia: Psicologia analítica nas empresas. Refletir sobre o sistema familiar como cliente do advogado e do psicólogo nos processos de sucessão em empresas familiares.

 

 

 

COORDENADORES

Roberta Nioac Prado

Graduada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1995) e Doutora em Direito Empresarial pela Universidade de São Paulo – USP (2002). Atuou como advogada durante 10 anos. Atualmente é Coordenadora do Núcleo de Governança e Planejamento Jurídico de Empresas Familiares da Fundação Getúlio Vargas – SP, Coordenadora e Professora do GVlaw da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas, Associada e Professora convidada em cursos do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Membro de Comitês do IBGC. Tem experiência na área de Direito Comercial e Direito de Família e das Sucessões, com ênfase em Governança Corporativa, Familiar e Sucessão em Empresas Familiares. Consultora em São Paulo.

roberta.prado@fgv.br; 95312031

Célia Brandão

Mediadora de conflitos na familia e organizações.

Analista de casais  e individual em consultório.

Psicóloga pela Universidade de São Paulo em 1975.

Membro analista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica  desde 1993

Especialização em terapia da Gestalt pelo Instituto Sedes Sapientiae (1977). Pós- graduação latu – sensu.

Especialização em Grupos operativos Gepsa ( Grupo de Estudos de Psicologia Aplicada) (1976 a 1980)

Especialização em Psicoterapia de Abordagem Corporal Reichiana e Vegetoterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae no ano de 1977. Pós- graduação latu-sensu.

Especialização em técnicas de relaxamento e cinesiologia com Petho Sandor na PUC / SP 1980.

Especialização em Gestalt terapia em Esalen – Big Sur – California USA – 1982.

Título de especialista em Psicologia Clínica pelo CRP/SP.

psicologia@celiabrandao.com Cons: 38263047

Na Escola 5-10 João Ribeiro em 1959 no bairro do Méier no Rio de Janeiro as crianças brincavam à sombra da mangueira sem medo . Sua preocupação era o conceito : verde, azul, amarelo ou vermelho no caderno de redação.

Não haviam ainda ouvido falar em Bullying e sua preocupação era se na hora do lanche haveria mingau de sagu ou outra guloseima.

A Escola ainda era um microcosmos , lugar dos sonhos , das oportunidades e da esperança do novo.

Na Escola Marechal Trompovsky no Leme , Rio de Janeiro, conviviam as diferenças. Dividíamos o lanche. Crianças de familias letradas conviviam com os filhos dos colarinhos brancos e com os meninos que moravam nas favelas. Éramos todos crianças. Compartilhávamos nossos sonhos, o lanche e o bonde na volta da escola.

A escola é uma extensão do ambiente familiar, onde a criança procura aconchego e segurança.

Familia e escola devem agir em cooperação.

Quando esse espaço de segurança é violado também é violada a auto-confiança e auto-estima da criança.

A tragédia de Realengo nos convida a refletir sobre o espaço da escola hoje e seus paradoxos.