A família na contemporaneidade
03/04/2018
“A família nuclear é, na maior parte das sociedades modernas, uma experiência minoritária em relação aos casais que vivem juntos sem serem casados, às famílias monoparentais, aos casais casados que vivem separados, etc. “( Pierre Bourdieu)
A cada dia novas formas de convivência familiar são inauguradas( famílias homossexuais, monoparentais, transgêneros, reconstituídas e outras). A família para Bourdieu é um princípio de construção imanente aos indivíduos . Esse princípio para o autor é um coletivo incorporado transcendente em relação aos indivíduos. Os grupos sociais se apresentam “inscritos, ao mesmo tempo, na objetividade das estruturas sociais e na subjetividade das estruturas mentais objetivamente orquestradas.” (Bourdie)
Tomamos a família, uma construção social, de forma naturalizada e universal como se pudéssemos falar de uma só família e não de famílias que se constituem a partir de diferentes tipos de afeições e de vínculos afetivos.
Entre a “ficção nominal” que denominamos família e família como um grupo real há um processo de construção de laços e de criação de um sentimento de família que abrange o desejo de adesão e de integração de valores e interesses.
A família funciona como um campo de forças com ancoragem simbólica e social que interagem de forma conservadora ou transformadora .
A família é sujeito de várias escolhas a partir da relação de forças entre os membros familiares em que convivem fatores econômicos, éticos e simbólicos. Constitui-se como instrumento de construção da realidade e de valores.