Psicologia e Humor retorna: Final do ano
05/12/2015
No Século XIX Nietzche declarou que deus estava morto. Outros deuses haviam nascido: a ciência, a tecnologia, a economia. O dinheiro. Ah…o dinheiro. Distâncias se estreitaram com a internet: Um bem e um mal.Ficamos sabendo até do que não gostaríamos de saber e temos a ilusão de estarmos perto uns dos outros.
Agora é a morte do próximo segundo Luigi Zoja. ” No sentido vertical perdemos deus e no horizontal perdemos o próximo.”
Será essa uma das causas da melancolia que acomete o homem contemporâneo? Onde está o próximo ? Salvei minha pele mas onde está o próximo? O famoso ditado de que ” a fila anda” tem a ver com isso. CB
O outro
01/12/2015
No século XIX Nietzsche afirmou que deus estava morto. Outros deuses nasceram: a ciência, a tecnologia e a economia. A tecnologia estreitou distâncias e somos informados até sobre o que não desejamos saber.
De que outro falamos ? Do que ficou embaixo da avalanche de lama, do que foi assassinado em Paris, da criança síria que viu seus sonhos morrer literalmente na praia, das crianças mortas em território Sírio, dos esfaqueados em Israel, dos mortos por bala perdida no Rio de Janeiro, dos que morreram no incêndio da boate Kiss.
Calçados são enfileirados na Place de la Republique em Paris. O combate ao aquecimento global depende da cooperação de todos. Mas como se a lei do salve-se quem puder prevalece à ética e ao respeito ao próximo ?
A solidão do homem contemporâneo e sua melancolia à procura de um outro onde pendurar seus sonhos reflete a dissociação do eu interior, o outro eu.
A falta de contato com a possibilidade de transcendência nos lança em dilemas ficcionais.