ClAPJ 2012 Mediação de conflitos.

30/09/2012

•Cabe ao profissional de mediação atuar preventivamente , na negociação ética de conflitos.  Deve atuar também junto ao conflito da consciência individual identificada com padrões de relacionamento socialmente aceitos que se mantém em detrimento de uma liberdade legítima de escolha e de julgamento  do indivíduo.

•A “quadrata figura”que aparece como símbolo da lapis no centro da mandala alquímica, cujo ponto central é o mercúrio recebe o nome de mediador  (mediator), o que promove a paz entre os inimigos.” Jung,CW vol 9,1par 549 nota 61. Entre a dualidade do eu e a dualidade do outro.
•Hermes  associa –se à idéia do redondo e do quadrado. Totalidade constituída de quatro partes ou quatro elementos.

•De acordo com uma concepção antiga, o mercúrio é duplex, isto é, ele é uma antítese em si mesmo. Mercúrio ou Hermes é um mago     e um deus dos magos. “
•“Sua vara mágica, o caduceu, é envolvida por duas serpentes. O mesmo atributo caracteriza também asclépio, o deus dos médicos. CW Vol 9,1 par 553

•Mercúrio representa a substância transformadora na alquimia que é constituída de quatro elementos. É uma totalidade constituída de quatro partes e por isso é redonda e quadrada. Foram dadas a Mercúrio as quatro partes do mundo, ou, em outras palavras,  as quatro estações do ano.
•Jung CW vol IX,1 fig 63 par 172.

• Os processos de mediação  estão para além da esfera do relacionamento e do envolvimento  íntimo e pessoal. Apontam para uma intervenção que envolva também uma transformação ética na sociedade. Necessitamos  de novas formas de fazer alma e interferir na história e na construção da ética.

•A noção de inconsciente, as transformações sociais relativas aos gêneros, os avanços da física , instalam uma nova ordem social onde pensamos a ordem como parte de uma complexidade  (Morin) para além do modelo cartesiano de verdade  versus não verdade na ciência.
•A lógica é inter-relacional e se propõe ao entendimento de ordem  e desordem  como interconectados e não como antagônicos. Os métodos de mediação  se inserem em uma nova ética : A ética da alteridade em que as partes são co- construtoras de poderes e co-responsáveis.Etapas do Processo:1- Foco binário do conflito: Um ou outro tem razão.2- Introdução de um terceiro mediador legitima as partes em conflito.   O foco deixa de ser quem tem a razão para validar ambos os interesses em questão.3- Estabelecimento de pontes, relações entre os interesses das partes promovendo a empatia.4- Narrar a própria história desconstruindo pré-concepções e abrindo para novas percepções e compreensões dos fatos.

•Não é necessária uma interpretação com intenção diagnóstica do conflito mas sim compreensiva.
•Atenção à dialética das interferências entre história pessoal do mediador e histórias dos sujeitos. ( projeções ) . Partes dissociadas do conflito.

• O processo vivido tem influência sobre o conflito.
•Experiência de acolhimento.
•Experiência de inclusão.
•Experiência das semelhanças nas diferenças.
•Experiência da possibilidade do diálogo.
•Experiência da possibilidade da discordância sem atrito.
•Experiência  da empatia e do perdão.

• Quando se inviabiliza a mediação pròpriamente dita.
•Atendimento às partes separadamente.
•Atendimento à parte ao agressor e vítima também em psicoterapia e psiquiatria.

Realizar grupos de suporte específico à queixa trazida de violência. Resgate de auto-estima – Não sou eu, Não é erro meu, Eu não mereço isso. Fui programada (o) a pensar o oposto

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  1. Curso dado durante o CLAPJ 2012.


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