Sexualidade e símbolo
27/04/2010
Em sua obra os arquétipos e o inconsciente coletivo Jung afirma que:
“O símbolo é a antecipação de um estado nascente de consciência.Tudo que o homem deveria mas ainda não pode viver em sentido positivo ou negativo, vive como figura e antecipação mitológica ao lado de sua consciência, seja como projeção religiosa ou- o que é mais perigoso- conteúdos do inconsciente que se projetam então em objetos inconscientes , como por exemplo, em doutrinas e práticas higiênicas e outras “que prometem salvação”. Tudo isto é um substitutivo racionalizado da mitologia que, devido a sua falta de naturalidade, mais prejudica do que promove a pessoa humana”.
O símbolo e a mitologia emergem da relação direta do homem com a natureza e é a nossa forma de interpretação do mundo. Para Jung os símbolos do si mesmo surgem da profundeza do corpo e expressam sua materialidade, como também a estrutura da consciência discriminadora. O símbolo tem uma dimensão no instinto e uma no espírito. Diz Jung: “O símbolo é o corpo vivo, corpus et anima. Em seu nível mais baixo a psique é pois simplesmente mundo.” Estamos inseridos na cultura e no inconsciente coletivo .
A sexualidade portanto, é um símbolo do inconsciente coletivo . Todo arquétipo é um recipiente que não podemos esvaziar ou encher totalmente. Assim são os símbolos e as imagens do inconsciente coletivo